CRIL - A VERDADE QUE O GOVERNO QUER ESCONDER
Querem transformar a CRIL, obra de Interesse
Público, numa "estrada de serventia"
de uma mega urbanização (Falagueira
/ Venda-Nova),
para valorizar futuros empreendimentos imobiliários.
O Governo optou por este projecto, agora
em execução, que não
cumpre a Declaração de Impacte
Ambiental, que viola as normas de Segurança
Rodoviária e que prejudica gravemente
a qualidade de vida das populações,
escondendo um projecto alternativo (desde
2005), mais seguro em termos rodoviários
e com muito menos impactes na população
(a verde na imagem).
Provavelmente para não interferir
nos interesses dos empreendimentos da Falagueira
e porque necessitam dum nó na Damaia,
com entradas e saídas para a CRIL
(complicando e prejudicando todo o trajecto),
para facilitar os acessos a essa futura urbanização.
Este projecto do Governo é um dos
piores possíveis para a Área
Metropolitana de Lisboa e para os cidadãos,
porque:
- Apresenta um traçado em serpentina,
com raios de curvatura e inclinações
excessivas, cheio de entradas e saídas
(nós e rotundas) a ligar a vias que
não estão preparadas para tal,
atravessando zonas consolidadas e afectando
a qualidade de vida de milhares de pessoas.
-
Implicações deste traçado
(onde estão previstos circular mais
de 120.000 veículos dia):
- Pelo facto de apresentar 3 curvas perigosas,
com deficiente visibilidade, e com excesso
de entradas e saídas (tipo 2ª
Circular), é de prever que o acidente
será uma constante, com a inevitável
perda de vidas humanas;
- Em termos de eficiência rodoviária,
e tendo em conta o número elevado
de veículos, é fácil
perceber que esta solução não
irá resolver os problemas de mobilidade.
Neste traçado aos SSS, com raios de
curvatura extremamente apertados, a visibilidade
disponível aos condutores só
garante a segurança até à
velocidade de 50/60 Km/h, e controlada por
radares. Isto é inadmissível
numa estrada deste tipo onde estão
previstos mais de cem mil veículos
/dia.
Os congestionamentos nas entradas e saídas
serão inevitáveis. As vias
de entradas e saídas (nós /
rotundas) não são as mais adequadas,
indo contra as próprias normas das
Estradas de Portugal (Ex. IEP / JAE);
- As populações (mais de trinta
mil pessoas), por onde passa este traçado,
verão a sua qualidade de vida degradada
de forma irreversível, em consequência
dos efeitos barreira/impactos visuais, elevados
níveis de poluição do
ar e ruído.
Nas zonas dos nós / rotundas (entradas
e saídas da CRIL) as mortes por atropelamento
serão frequentes. Basta recordar o
que se passou em Alfornelos no período
em que existiu o acesso à CRIL: inúmeros
acidentes que levaram ao fecho daquele acesso
após várias manifestações
da população.
-
Este projecto atenta gravemente contra a
Segurança Rodoviária, a Saúde
Pública e o Ambiente.
Exemplo dos graves impactes causados pelo
Nó da Damaia na população
de Santa Cruz de Benfica e da Damaia:
Poluição dos escapes dos mais
de 120.000 veículos por dia.
(problemas respiratórios, cancerígenos
e outros... com sofrimento para o cidadão
e custos para o Estado)
Nível de ruído muito acima do
recomendado
(problemas do foro nervoso, com consequente
perda de produtividade e custos para o Estado)
É algo neste género que queremos,
e que é possível ser feito!
A SOLUÇÃO QUE ESTÁ NA
“GAVETA” E QUE SERVE O INTERESSE
PÚBLICO
(traçado a verde na 1ª imagem)
- Traçado com grande extensão
em túnel (até ao Nó
da Falagueira), com uma ampla curva atravessando
os terrenos livres existentes na Falagueira,
afastando a via das zonas consolidadas (Pedralvas,
Alfornelos...), apenas com um nó na
zona da Falagueira (veja a imagem).
-
Vantagens óbvias desta solução
projectual:
- Eficiência rodoviária resolvendo
alguns problemas de forma eficaz.
- Segurança rodoviária, evitando
perda de vidas.
- Preserva a qualidade de vida de milhares
de cidadãos e sem impactes ambientais
significativos.
- Eventuais menores custos construtivos com
inerente salvaguarda do erário público.
- Evita a demolição de cerca
de 30 edifícios.
- Evita o pagamento de somas elevadas em termos
compensatórios por perda de qualidade
de vida e desvalorização do
património.
Esta solução não atenta
contra a Segurança Rodoviária,
a Saúde Pública e o Ambiente,
poupando custos ao Estado a médio
prazo.
O que será que impede o Governo de
prestar Serviço Público e optar
pelo traçado alternativo?
O que levará o Governo a violar de
forma grosseira a "DIA (veja a Declaração
de Impacte Ambiental)"?
O que impedirá os vários partidos
políticos de honrar os compromissos
assumidos nos Orgãos Autárquicos
através das várias moções?
O que terá feito o ex-Presidente da
C. M. Lisboa, Prof. Carmona Rodrigues, não
honrar os seus compromissos pessoais e políticos
assumidos com a população?